terça-feira, 3 de maio de 2011

O Resumo dos tempos do Ayrton Senna na Fórmula 1:

Estréia de Senna na F-1
Ayrton Senna foi o 14º piloto brasileiro a disputar um Mundial de Fórmula 1. Sua primeira temporada foi em 1984 na modesta equipe Toleman Hart Turbo. O piloto brasileiro não venceu nenhum GP mas mostrou que tinha talento e braço, conseguindo dois importantes segundos lugares, em Mônaco e Portugal.
O primeiro GP disputado por Senna foi em casa, no dia 25 de março, no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Com problemas no turbo, Ayrton teve que abandonar a prova na oitava volta. Já no ano seguinte, na Lotus, surgiram as duas primeiras vitórias na carreira: a primeira em Portugal e a segunda, na Bélgica. Em 85, Senna ainda obteve sete pole positions.

Primeira vitória no Brasil
Ayrton Senna conquistou a primeira vitória em casa em 1991, no dia 24 de março, no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Naquele GP, Senna terminou a prova apenas com a sexta marcha de sua McLaren. Mesmo com uma única marcha, o piloto brasileiro conseguiu manter a média de 1min25s por volta. Isso foi registrado e comprovado pelas câmeras de TV instaladas em seu carro. O esforço foi tanto para completar a prova que Senna teve de ser ajudado para sair do carro ao final da corrida. Pelo rádio do carro, ele exprimiu toda sua alegria e alívio quando completou a última volta e ultrapassou a linha de chegada. Emocionado, começou a gritar: "I don't believe" (eu não acredito, em inglês). Mais tarde Senna declarou que este GP foi muito especial em sua carreira, não só por ser a primeira vitória no Brasil mas também pela forma heróica como a conquistou, e chegou a compará-la a sua primeira vitória na F-1.
Primeiro título mundial
O primeiro título mundial de Ayrton Senna veio em 1988, com a McLaren. Foi uma campanha brilhante e uma acirrada batalha contra o companheiro Alain Prost. Senna venceu oito das 16 provas do campeonato. Naquele ano, o brasileiro voou baixo e provou que era o piloto mais rápido da categoria, ao obter 13 pole positions.
No GP do Japão, em Suzuka no dia 30 de outubro, penúltimo da temporada, Senna garantiu o título após uma corrida fantástica. Senna teve problemas com seu carro na largada, saiu em último e completou a primeira volta na 19ª posição. Debaixo de chuva e pilotando como nunca, Senna começou a ultrapassar os adversários até chegar próximo de Prost, que liderava. A chuva parou e o brasileiro então provou que não era bom apenas na chuva: ultrapassou Prost e venceu a prova, conquistando assim pela primeira vez o título mundial.

Rei de Mônaco
Ayrton Senna em sua galeria de vitórias tem uma marca muito especial. O brasileiro venceu simplesmente o GP de Mônaco seis vezes e virou o "rei de Mônaco". Nas temporadas de 87, 89, 90, 91, 92 e 93, ele deu show e banho de champanha na família real, quebrando o protocolo mais de uma vez.
No seu primeiro GP em Monte Carlo, em 1984, Senna deu um espetáculo. Debaixo de chuva, com a modesta Toleman, o brasileiro chegou a ultrapassar a McLaren de Niki Lauda e, andando muito rápido, continuou deixando adversários mais fortes e experientes para trás.. Quando se preparava para ultrapassar o francês Alain Prost, que liderava a prova, os dirigentes do GP interromperam a prova, argumentando que a chuva estava forte demais. Assim, a vitória foi dada ao francês.

Senna nos braços do povo
No GP de 28 de março de 1993, no Brasil, em Interlagos, Ayrton Senna conseguia sua segunda vitória em casa, a 37ª na carreira e a 31ª na equipe McLaren. Nesta corrida, o rival Alain Prost liderava e, quando começou a chover forte, o francês não trocou os pneus, bateu em Christian Fittipaldi e saiu da corrida. Senna então aproveitou e foi ganhando posições até ultrapassar o inglês Damon Hill para assumir a liderança e vencer o GP. Foi uma vitória inesquecível que mereceu uma comemoração inédita: pista invadida pelos torcedores e Senna carregado pela multidão. O piloto brasileiro foi simplesmente arrancado do carro e comemorou a vitória nos braços da eufórica e imensa torcida brasileira presente em Interlagos.
O bicampeonato mundial
Ayrton Senna conquistou seu bicampeonato no penúltimo GP da temporada de 1990. Foi em Suzuka, no Japão, que o brasileiro deu o troco no rival Alain Prost, que um ano antes havia vencido o campeonato de forma pouco ética. Naquele GP, o francês "fechou a porta" quando Senna, nas voltas finais, tentou ultrapassá-lo. Houve o choque e os dois saíram da pista. Senna ainda voltou ajudado pelos comissários, mas acabou desclassificado. Um ano depois Senna deu o troco na mesma moeda e local. Prost precisava da vitória para levar a decisão para o último GP, na Austrália, e também não podia provocar um incidente com Senna, já que desta vez o prejuízo seria seu. O suspense durou menos de dez segundos. A Ferrari do francês, que largou na segunda posição do grid, conseguiu tomar a dianteira, mas Senna forçou o carro e entrou por dentro na tomada da primeira curva. Então nenhum dos dois deu o braço a torcer. A roda direita traseira da Ferrari tocou na dianteira esquerda da McLaren e os carros saíram da pista, fazendo uma imensa nuvem de areia. A corrida não foi paralisada e Ayrton conquistava o bicampeonato mundial de F-1.
O tricampeonato mundial
No dia 20 de outubro de 1991, a Fórmula 1 conhecia o seu mais novo tricampeão mundial. Novamente no circuito de Suzuka, no Japão, Ayrton Senna disputava o título da temporada com o inglês Nigel Mansell, da Williams, que, logo na 10ª volta, abandonou a prova com problemas no freio. Daí para frente Senna deu um show e comemorou em grande estilo o tri. Na volta final, quando liderava folgadamente, num gesto de companheirismo - ou por imposição da equipe - cedeu passagem ao seu amigo e companheiro, o austríaco Gerhard Berger , que assim conquistava sua primeira vitória na F-1. Senna, então, entrava para o seletíssimo grupo dos tricampeões mundiais e também era o mais jovem piloto a conquistar essa façanha na história da F-1. E ao lado de Nélson Piquet colocou o Brasil numa situação invejável no automobilismo mundial: era o único país a ter dois tricampeões mundiais de F-1. Ainda no campeonato de 91, no último GP da temporada, Senna ganhou a corrida e quebrou um tabu de nunca vencer a prova de Adelaide, na Austrália. De passagem ainda deu o tetracampeonato mundial de construtores para a McLaren.
O lema do ídolo

O lema de Ayrton Senna desde que ingressou na Fórmula 1 sempre foi: "Vencer ou vencer". Senna dizia: "A vitória é o único prêmio de um piloto. É a motivação real e justificável para arriscar a vida em situações tão absurdas. Sem ela, não valeria o risco, por dinheiro nenhum, por nada neste mundo". E completava: "Ser piloto é uma questão de cromossomos: ou seu nasce com esta predisposição, ou não. Se você tem as bases, pode desenvolvê-las, mas, quanto mais frio e racional, mais você precisa ter dentro de si a paixão pela corrida".
As glórias que ficaram na McLaren
Em seis anos de McLaren, Ayrton Senna foi o maior vencedor da equipe em todos os tempos. Em 95 GPs disputados, o brasileiro conseguiu 46 pole positions, 36 vitórias e três títulos mundiais. Senna iniciou na McLaren em 1988, ano que conquistou seu primeiro título mundial. Sua última temporada na escuderia foi em 1993, quando conseguiu o vice-campeonato mundial. No ano seguinte se transferiu para a Williams, onde disputou apenas três GPs sem marcar nenhum ponto.
Vitória por menos de um segundo
A vitória mais dramática de Ayrton Senna em GPs foi em 13 de abril de 1986 na Espanha. Senna venceu o rival Nigel Mansell por apenas 0,014 segundos (ou seja: 14 milésimos) e com isso entrou para o livro "The Guinness Book of Sports Records", da editora Facts on File na edição 95/96. Em toda carreira na F-1, Senna conseguiu a incrível marca de 41 vitórias e 65 pole positions, além dos três mundiais.
O fim da era Senna
O show acabou. Ayrton Senna da Silva, talvez o mais completo e perfeito piloto da história da Fórmula 1, morria aos 34 anos no GP de San Marino, no dia 1º de maio de 1994. Sua Williams, na sétima volta, simplesmente não fez a temível curva Tamborello e chocou-se violentamente a 270 km/h contra o muro de proteção. O Brasil perdia um ídolo que dedicou dois terços de sua vida aos esportes motorizados. Primeiro no kart, depois no automobilismo e nos últimos dez anos na F-1. Em todas as modalidades, conquistou títulos e quebrou recordes.

domingo, 1 de maio de 2011

Ayrton Senna 17 anos sem o herói Brasileiro.

Cumprem-se hoje 17 anos depois da morte de Ayrton Senna da Silva, em Imola. Desde aí para cá, esta data foi sempre lembrada, e ao longo do tempo, muito se escreveu sobre o tricampeão do Mundo de Fórmula 1. Hoje vamos aqui recordar um texto de Eric Silbermann, um jornalista que foi muito próximo de Ayrton Senna, e que nos mostra por palavras que Ayrton Senna foi muito mais que um dos melhores pilotos de F1 de sempre:
Memórias de Ayrton Senna -
"Ao longo dos tempos, após a sua morte, todos lemos um "mundo" de palavras ocas sobre Ayrton Senna, muitos sentimentos falsos e outras tantas afirmações da mais profunda amargura. No décimo aniversário da morte de Ayrton Senna, perguntei a Rubens Barrichello como iria lidar com tudo isto e o piloto brasileiro respondeu: "Ayrton morreu há 10 anos e chegou a altura de colocar um ponto final na tristeza. Agora chegou a altura de nos sentirmos felizes com o que Ayrton representou para todos nós e devíamos estar a celebrar a sua vida e não a sofrer com a sua morte." Um sentimento adequado que vou reproduzir nesta crónica.

Encontrei Ayrton pela primeira vez em 1988, quando ele começou a correr pela McLaren e eu fui contratado como "press officer" da Honda para a Fórmula 1. Nas pistas pouco tive a ver, profissionalmente, com ele, já que era a McLaren que organizava a maior parte do trabalho com os media, mas tinha de o questionar diariamente, logo que saía do carro e no final de cada sessão de treinos para escrever o meu "press release". Senna odiava este momento! Tudo o que queria era falar com os engenheiros e olhava para o meu trabalho como uma inutilidade que interrompia a sua concentração. De facto, quando a Honda abandonou a F1 no final de 1992, enviou-me um cartão de Boas Festas com a seguinte mensagem: "Finalmente estou livre do teu maldito gravador!". Mas Ayrton estava enganado porque optei por uma carreira de jornalista e continuei atrás dele e das suas declarações. E já que as prestações da McLaren em 93 caíram a pique, um dos anos em que Ayrton melhor guiou como, por exemplo, no chuvoso GP da Europa em Donington, ainda tentei convencer o "grande homem" que os sucessos prévios da McLaren de 88 a 92 deviam-se mais a mim do que a ele, mas não sei porquê Ayrton nunca concordou com este ponto de vista.

As pessoas na Honda tratavam-no como um Deus, mas ele era, tão só e apenas, um homem. Claro que era um piloto extraordinário, mas tal como dizemos em Inglaterra, ele "vestia as pernas das calças uma de cada vez", tal como qualquer outra pessoa. Por vezes parecia que tinha pena de mim, logo  que se apercebeu que os meus patrões na Honda pouco entendiam sobre o trabalho de relações públicas: "Deves ser louco para teres este emprego," disse-me uma vez.

Mas, por vezes, era bastante difícil trabalhar com ele. Como, por exemplo, quando desistiu no GP de Phoenix e se escondeu dentro da "motorhome", recusando-se a sair para prestar declarações para o meu comunicado de imprensa. Fiquei sentado cá fora a ver a televisão que transmitia imagens do exército chinês a atacar os manifestantes na Praça Tianamen em Pequim.

Então percebi que a F1 não era a coisa mais importante do mundo e fui-me embora sem as declarações. Ayrton questionou-me sobre esta situação na corrida seguinte e, depois do sucedido nunca mais tivemos qualquer problema. Contudo, era bem capaz de passar 15 minutos a explicar-me porque é que estava muito ocupado para conceder uma entrevista de 5 minutos!

Era extraordinariamente meticuloso em tudo o que fazia. Confrontado com centenas de posters para autografar, Prost ou Berger tentariam fazê-lo o mais depressa possível, mas Ayrton teria o maior cuidado com cada um deles, assegurando-se que a tinta tinha secado antes de autografar o próximo. Uma situação típica da sua atitude perfeccionista.

Apesar de, por vezes, se irritar com eles, Ayrton gostava de trabalhar com a Honda já que o construtor o prezava tanto. Uma vez esteve na Disneyworld de Tóquio e, no final, acompanhei-o ao aeroporto de Narita, onde apanharia um avião para o GP da Austrália. À medida que nos encaminhávamos para o balcão e que o ajudava a fazer o "check in" disse-me: "Sinto-me como um rapazinho sem a companhia dos pais. Afinal o que é que eu sei?" Ayrton pretendia dizer-me que, cada vez que estava no Japão ou comparecia em acções da Honda, tudo, mas mesmo tudo, era feito para ele e em função dele e tinha esquecido o simples acto de pensar por si próprio.

O pior tempo que passei com Ayrton foi quando ele e Prost deixaram de se falar. Lembro-me de estar sentado nas instalações da equipa em Suzuka, onde os aposentos eram bem pequenos e os dois homens não conseguiam, sequer, olhar um para o outro. Uma atmosfera verdadeiramente irrespirável. Quando conseguiu ter um ascendente sobre a equipa descontraiu-se bastante e tornou-se ainda mais confiante e satisfeito da vida quando Gerhard Berger se juntou à equipa. Na realidade, um dos meus trabalhos "extra-oficiais" era ir aos aposentos da equipa durante a hora de almoço de domingo e quando estavam a preparar-se para a corrida, contar-lhes algumas das piadas e dos mexericos que circulavam no "paddock".

Tal como para a generalidade dos brasileiros a vida familiar era muito importante e Ayrton perguntava-me sempre como estavam os meus filhos. Lembro-me de me ter encontrado com ele num aeroporto perto de Oxford, antes do GP da Grã-Bretanha. Tinha como missão apresentá-lo a um jornalista de automóveis que tinha chegado num Honda NSX para Ayrton fazer um teste de estrada. Tinha o meu filho de sete anos comigo e o jornalista e o fotógrafo tiveram de esperar enquanto ele conversava com o meu filho, que estava demasiado envergonhado para falar. Ayrton perguntou se ele se portava bem e ofereceu-lhe um "pin" com o seu capacete e uma foto autografada. No dia 1 de Maio de 1994 o meu filho foi-se deitar segurando essa foto contra o peito.

Ayrton foi o melhor piloto de sempre? Quem quer saber e a quem é que isso interessa? Recordar-me-ei sempre dele como um ser humano complexo mas com um coração de ouro e isso é bem mais importante do que tudo o que conseguiu na sua carreira ao volante de um automóvel de competição.

sábado, 30 de abril de 2011

UM VERDADEIRO HERÓI MODERNO

AYRTON SENNA:

Ayrton Senna
Ayrton Senna
Ayrton Senna da Silva nasceu em 21 de março de 1960, em São Paulo, Brasil, e é considerado um dos melhores pilotos de todos os tempos. Senna viveu uma vida inteira dedicada às competições automobilísticas. Conquistou suporte de pessoas importantes do esporte a motor e foi um dos pilotos mais respeitados pelos especialistas no esporte. Conduzia com facilidade para ser o melhor em todas as partes. O charme e sorriso jovial fizeram com que Ayrton se tornasse um verdadeiro herói moderno...
A paixão de Senna por automobilismo começou ainda na infância, quando ganhou um kart construído por seu pai, Milton, um rico empresário. Então os problemas do garoto desapareceram e assim começou no mundo do esporte a motor. Com suporte do pai, Ayrton estreou oficialmente nas pistas em 1973, durante prova do campeonato brasileiro de kart e não teve dificuldades para exibir suas habilidades ao volante: venceu com sobras a etapa realizada em Interlagos, no dia 1° de julho.
Em 1980, após faturar o campeonato sul-americano de kart e ficar com o vice no mundial da modalidade, Senna trocou o Brasil pela Europa, onde as principais categorias de Fórmula tinham reservado um lugar para ele. Ayrton fechou contrato com a equipe Van Diemen para disputar a temporada de 1981 do campeonato inglês de Fórmula Ford 1.600, agradecendo ao pai pelo apoio nos tempos de kart. Sagrou-se campeão por antecipação. Então, no ano seguinte, o brasileiro venceu os campeonatos europeu e inglês da Fórmula Ford 2.000. E o próximo passo foi a Fórmula-3 inglesa. Guiando um Ralt-Toyota, o tricampeão teve excitantes duelos com o inglês Martin Brundle em diversas corridas da temporada e chegou a mais um título na Inglaterra. Após ganhar o popular Grande Prêmio de Macau de F-3, Ayrton participou de uma sessão de testes em Donington Park com um Williams FW 08C, no circuito de Donington Park, a convite de Frank Williams. Depois também testou por Brabham e McLaren, equipes de primeira linha como a Williams. No entanto, o brasileiro fechou contrato com a modesta Toleman para disputa da temporada de 1984 de Fórmula-1.
E foi justamente no Brasil onde Ayrton estreou na categoria, mais precisamente no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. E não foi um bom começo: largando apenas em 16° lugar abandonou a corrida na oitava volta, com problemas no turbocompressor. Àquela altura, o futuro tricampeão de Fórmula-1 era 13° colocado. No entanto, não desistiu. Duas semanas mais tarde, em Kyalami, teve desempenho semelhante ao exibido na classificação para o GP de Jacarepaguá, mas levou o Toleman TG 183B Hart ao sexto lugar na corrida e obteve o primeiro ponto na categoria. Em julho, Senna foi o destaque do chuvoso Grande Prêmio de Mônaco, quando chegou atrás apenas de Alain Prost (McLaren-TAG Porsche). Essa corrida é considerada polêmica por causa da suspensão da corrida na 32ª volta - de um total de 78 voltas. Nono colocado ao fim da temporada, com 13 pontos, Ayrton se transferiu para a Lotus para ser companheiro de equipe do italiano Elio de Angelis.
Logo no segundo GP pela equipe inglesa, Senna faturou a primeira vitória na Fórmula-1, em chuvosa etapa no circuito de Estoril, Portugal - com mais de um minuto de vantagem para o segundo colocado, o italiano Michele Alboreto (Ferrari). O brasileiro voltou a vencer em Spa-Francorchamps, na Bélgica, fechando a temporada com duas vitórias, sete pole positions e o quarto lugar no mundial de pilotos, com 38 pontos.
No ano seguinte, o paulistano já era considerado um dos quatro principais pilotos do certame, ao lado de Alain Prost (McLaren-TAG Porsche), Nelson Piquet (Williams-Honda) e Nigel Mansell (Williams-Honda). A emocionante vitória na etapa da Espanha, recebendo a quadriculada apenas 0s14 à frente de Mansell, provaria que a inclusão de Ayrton no rol dos maiores nomes da época não era à toa.
Em 1987, a Lotus passou a receber motores da Honda - nas duas temporadas anteriores, o propulsor era fornecido pela Renault. Nesse ano, o brasileiro alcançou a primeira de suas seis vitórias em Mônaco; saudou os mecânicos euforicamente e no pódio jogou champanhe para a família real do principado encravado entre Nice e Menton. Ao fim do campeonato, Ron Dennis anunciou Ayrton Senna como piloto da McLaren para 1988, ao lado de Prost.
Nessa temporada, a parceria entre McLaren e Honda rendeu números espetaculares à equipe de Woking: foram 15 vitórias em 16 etapas. Foi o ano do primeiro título de Ayrton Senna. Embora tenha somado menos pontos que o rival francês (95 a 104), o brasileiro ficou com o primeiro lugar pois, como o regulamento que previa o descarte dos cinco piores resultados no ano, o francês perdeu três segundos lugares, caindo para 88 - contra 91 de Ayrton, que descartou apenas um terceiro lugar. No entanto, o campeonato de 1988 não foi apenas o melhor da história da McLaren. Marcou o início de uma das mais excitantes e atrativas disputas da Fórmula-1.
Prova disso foi a eventual quebra de acordo entre Senna e Prost para que não houvesse ultrapassagens entre ambos no Grande Prêmio de San Marino. Então foi o início de tal rivalidade. O estágio seguinte seria a corrida em Suzuka, onde a controvérsia alcançou alto nível. O francês liderava a corrida, seguido pelo brasileiro. No hairpin que antecede a reta principal, Ayrton buscou a ultrapassagem sobre Alain, mas ambos colidiram e o francês abandonou. Senna seguiu na corrida e venceu, mas foi desclassificado. O título da temporada ficou com Prost. "Não posso explicar outra coisa além do que se viu: a manipulação do campeonato de 1989", disse Ayrton. O presidente da FISA, Jean-Marie Balestre, impôs uma punição ao brasileiro pelas declarações após a corrida e retirou temporariamente a superlicença do piloto.
Ayrton iniciou a temporada de 1990 pagando uma multa milionária para a FISA e pedindo desculpas à cúpula da entidade. Naquele ano, Prost passou para a Ferrari, pois alegava que a McLaren ficou ao lado de Senna após o acidente na etapa japonesa. E o campeonato foi definido novamente entre eles e, após mais um acidente entre ambos em Suzuka, Senna garantiu o segundo título na Fórmula-1.
O ano seguinte marcou o tricampeonato de Ayrton. Nigel Mansell, da Williams, falhou pela terceira vez na busca pelo título mundial. O brasileiro começou a temporada com vitórias nas etapas dos Estados Unidos, Brasil, San Marino e Mônaco, enquanto o inglês só se "encontrou" no campeonato durante a metade daquela temporada. O abandono de Mansell, após uma saída de pista em Suzuka, abriu caminho para o terceiro campeonato de Senna na Fórmula-1. Na chuvosa etapa de Interlagos, o paulistano dedicou a vitória á torcida brasileira - após sete tentativas frustradas de vencer em seu país. Além disso, entrou para a galeria dos tricampeões, ao lado de Brabham, Stewart, Lauda, Piquet, Prost...
Para 1992, as coisas mudaram. Favorecido pelo fantástico trabalho do time de Frank Williams, Mansell ganhou seu único campeonato, contabilizando nove vitórias em 16 etapas. Ayrton sofreu com um McLaren-Honda pouco competitivo em relação aos anos anteriores, mas faturou três merecidas vitórias: Mônaco, Hungria e Itália. O triunfo em Monte Carlo ocorreu graças a problemas em um dos pneus do Williams-Renault do líder da prova, o inglês Nigel Mansell, quando faltavam dez voltas para a bandeirada...
Sem motores Honda e repleta de problemas internos, a McLaren teve de usar propulsores Ford durante a temporada de 1993. Após um ano de "descanso", Prost retornou às pistas, agora pela Williams. Apesar de algumas previsões, Senna foi um rival honesto ao francês e reeditaram o velho duelo. Apesar disso, o campeonato ficou com o francês, que venceu sete corridas, contra cinco triunfos do brasileiro. As vitórias mais notáveis de Senna aconteceram em Donington Park (GP da Europa), por causa de sua condução excelente, e em Interlagos, onde foi saudado euforicamente por Juan Manuel Fangio no pódio - o pentacampeão argentino apontava Ayrton como seu sucessor. O brasileiro disse adeus à McLaren com mais um primeiro lugar, o 41° e último da carreira, em Adelaide, na Austrália. E Senna conquistou seu objetivo: um lugar na Williams para a temporada de 1994, tendo o inglês Damon Hill como companheiro de equipe.
"O melhor piloto com o melhor carro não pode ter outro resultado que não seja o campeonato mesmo", era dito. Aliás, o ano começou com dificuldades a Ayrton que, apesar de das poles nos GPs do Brasil e do Pacífico abandonou em ambas corridas, vencidas pelo principal adversário daquele ano, o alemão Michael Schumacher, da Benetton. O episódio seguinte, episódio final, seria aquele de San Marino. As coisas estavam complicadas por causa do acidente espetacular de Rubens Barrichello durante a sessão de treinos da sexta-feira e da morte de Roland Ratzenberger, no sábado. Visivelmente preocupado, o tricampeão teve uma premonição mas regressou às pistas para competir. Partiu da pole e estava na liderança da corrida. Mas na sétima volta, na Tamburello, Senna disse adeus.
Inúmeras coisas foram ditas desde 1° de maio de 1994. O Brasil chorou por seu ídolo. E até mesmo o rival francês Prost ficou muito triste.
Ayrton Senna conquistou 41 vitórias, 65 pole positions e 19 melhores voltas de corrida durante sua passagem pela Fórmula-1. Mas simples estatísticas não constroem um ídolo. O relacionamento entre ele e as pessoas ia além de um simples Grande Prêmio. O brasileiro tinha talento ilimitado dentro das pistas. Fora do carro, o tricampeão de Fórmula-1 era gentil com o povo.
Uma pesquisa feita no Brasil, em 2000, revelou que Senna é considerado o maior herói brasileiro de todos os tempos. Mais uma prova para afirmar que Ayrton é um verdadeiro herói moderno.

Primeiro título de Ayrton Senna completa 20 anos nesta quinta-feira


Suzuka, Japão: 30 de outubro de 1988. Há 20 anos, o mundo do automobilismo conhecia um novo campeão mundial de Fórmula 1. O brasileiro Ayrton Senna, então com 28 anos, tornava-se o terceiro piloto do país a conquistar um título na categoria. O triunfo veio após um duelo histórico com Alain Prost, seu companheiro de equipe na McLaren. Era a confirmação do talento de um gênio da velocidade.
 
A temporada de 1988 foi muito equilibrada, mas apenas entre os pilotos da McLaren. O MP4/4 seria eleito como um dos melhores carros da história da categoria e perdeu apenas uma corrida das 16 daquela temporada. Ayrton Senna venceu oito corridas naquele ano, enquanto Prost levou sete troféus para casa.

O único GP que terminou sem vitória da McLaren ficou com Gerhard Berger, na Itália. Na ocasião, Prost sofreu uma quebra e Senna errou ao tentar ultrapassar o retardatário Jean-Louis Schlesser, que substituía Nigel Mansell na Williams, que estava com caxumba.

Confira a história do campeonato corrida a corrida
Depois de alguns anos de amadurecimento na Lotus, Ayrton Senna estreava no GP do Brasil pela McLaren na temporada de 1988. Durante os testes de inverno, a equipe inglesa, chefiada por Ron Dennis, não tinha chamado a atenção do mundo da Fórmula 1. Mas logo nos primeiros treinos em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o MP4/4 mostrava que seria um carro quase impossível de ser batido durante o ano.

Divulgação/Divulgação

Ayrton Senna comemora a conquista de seu primeiro título no pódio do GP do Japão de 1988, em Suzuka

Ayrton Senna conquistou a pole position em seu GP de estréia pela McLaren. Mas na hora da largada, teve problemas com seu carro e acabou interrompendo a corrida, que teria uma segunda largada. Antes dela, Senna trocou para o carro reserva, algo ilegal na categoria. Resultado: depois de largar dos boxes, o brasileiro reagiu, mas foi desclassificado quando estava na sexta posição. Alain Prost, seu companheiro de equipe, chegou em primeiro.

Após a frustração, Senna venceu o GP de San Marino com facilidade, com Prost em segundo. Na corrida seguinte, em Mônaco, o brasileiro também estava bem na frente, com quase um minuto de vantagem, quando cometeu um erro infantil e bateu na entrada do túnel. De tão irritado, Senna recolheu-se ao seu apartamento, a apenas duas quadras do local. Mais uma vitória de Prost.

Senna perdeu também a corrida seguinte, no México, mas começou a reagir no campeonato no GP do Canadá. O brasileiro lutou durante toda a corrida com Prost, mas conseguiu a ultrapassagem. O placar agora estava Prost 3 x 2 Senna em vitórias na temporada. Mas o brasileiro queria mais e conseguiu outro triunfo nas estreitas ruas de Detroit, no GP dos EUA.

A corrida seguinte seria na casa de Alain Prost. E o "professor" não perdoou, vencendo o GP da França depois de um belo drible em Ayrton Senna, que estava enrolado com alguns retardatários. Na corrida seguinte, com pista molhada, na Inglaterra, o brasileiro mostrou porque era o "Rei da Chuva". Senna deu show em um circuito conhecido como "Silvastone" em sua época de Fórmula 3 Inglesa. A condição do tempo se repetiu uma semana depois em Hockenheim, na Alemanha, e Senna venceu outra. Pela primeira vez o brasileiro estava à frente no placar de vitórias: 5 x 4.

Na Hungria, Senna começou a corrida brigando contra Nigel Mansell, mas acabou protagonizando um dos maiores duelos da história da categoria com Prost. O francês tentou a ultrapassagem na primeira curva, mas tomou o "xis" do brasileiro, que rumou para mais uma vitória. Na Bélgica, Senna conseguiu seu quarto triunfo consecutivo e começava a minar as chances de Prost no campeonato. Em vitórias: Senna 7 x 4 Prost.

Senna chegou ao GP da Itália como favorito. Prost teve problemas durante a prova, mas o brasileiro liderava com folga. Até que, em uma manobra afobada, tentou ultrapassar um retardatário na chicane após a largada e saiu da corrida. O outro piloto era Jean-Louis Schlesser, que substituía Mansell na Williams porque o inglês estava com caxumba. Dobradinha da Ferrari, com Berger em primeiro e Alboreto em segundo.

Ampliar FotoDivulgação  /Divulgação

Ayrton Senna disputou o título com Alain Prost

Nos dois GPs seguintes, em Portugal e na Espanha, Senna passou por um inferno astral. Além de Prost vencer ambos, o brasileiro chegou em sexto no circuito português e abandonou a prova diante da torcida espanhola. O francês reduziu a vantagem no campeonato, mas Senna só dependia de uma vitória em Suzuka, na corrida seguinte.

O GP do Japão começou de forma dramática para Senna. O carro do brasileiro apagou na largada, que por sorte acontecia em uma descida. O brasileiro conseguiu fazê-lo pegar no tranco, mas caiu para o fim do grid e numa recuperação espetacular se aproximou do líder Prost na 20ª volta. E, na 28ª passagem, o brasileiro superou o francês e sacramentou a conquista de seu primeiro título da Fórmula 1. Prost ainda venceria a última prova da temporada, na Austrália, mas ela já não valia mais nada.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A incrível primeira vitória de Ayrton Senna na F1:

Em 1985, Ayrton Senna realizava a sua segunda temporada de Fórmula 1 e competia pela lendária equipe Lotus, que na época contava com os motores Renault para impulsionar os seus carros. Esta combinação foi fundamental para que Ayrton obtivesse a primeira das 41 vitórias de sua fantástica carreira.

O Grande Prêmio de Portugal de 1985 será sempre lembrado como um dos momentos mais brilhantes da carreira do brasileiro Ayrton Senna. Naquela corrida, sob condições de tempo dramáticas, Ayrton conduziu seu Lotus de motor Renault a uma vitória histórica. Seria também a primeira conquista de um GP da carreira de Senna, que viria a somar 41 primeiros lugares – quatro deles obtidos com motores Renault. Naquele dia em Portugal, com apoio da fábrica francesa, o brasileiro confirmava sua condição de futura grande estrela da constelação da Fórmula 1.

A vitória foi especial para Senna e para a Renault, assim como para a equipe Lotus, não apenas pelo fato esportivo em si. Mas especialmente pelas condições de dificuldade extrema com que foi obtida. A chuva foi muito forte e variou de intensidade, modificando de forma constante as condições do asfalto. Isso dificultou o estabelecimento de qualquer estratégia de corrida, além de complicar a percepção do nível de aderência da pista à frente. 

Mas não fosse um problema em um pneu, o resultado seria ainda mais positivo para a Lotus/Renault: o italiano Elio de Angelis, parceiro de Ayrton na equipe, ocupou a vice-liderança da prova até que o problema lhe tirou as chances de lutar pelo segundo degrau do pódio. Este fato sublinha a boa condição da combinação Lotus/Renault nas condições adversas daquela corrida. Mas foi Ayrton quem soube extrair o máximo deste potencial.

Senna dominou os treinos e cravou a pole position. Este fato, porém, não fazia prever uma prova tranqüila – como ficou provado mais tarde. Ayrton largou bem e manteve a dianteira. O Lotus/Renault respondia positivamente tanto nas retas quando nas curvas. Mas o brasileiro confessou que, devido à quantidade de água que caía insistentemente, ele limitou-se a acelerar somente quando o carro já estava em linha reta (depois da saída da curva) e totalmente equilibrado.

Além disso, para evitar patinagem, ele engatava uma marcha imediatamente inferior à que seria usada em condições normais, caracterizando uma pilotagem muito mais cuidadosa do que se poderia esperar. “O principal problema desta corrida foi a constante mudança das condições da pista, por causa das variações da quantidade de chuva”, comentou o próprio Senna, após a prova. “As condições de pilotagem eram muito piores que as de Mônaco. Esta corrida deveria ter sido interrompida”, completou o brasileiro, referindo-se ao GP de Mônaco de 1984, também sob forte chuva, que foi interrompido quando Ayrton se preparava para ultrapassar o McLaren de Alain Prost e, assim, tomar a liderança. Ao volante de um Toleman, naquela ocasião Senna já revelava à F1 seu enorme controle sobre o carro em piso molhado. Mas seria apenas um ano depois, em Portugal e com o Lotus/Renault, que este potencial se transformaria na primeira vitória.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Donington park-1993

A melhor volta da história da Fórmula 1 ocorreu em Donington Park no ano de 1993 pelo nosso herói Ayrton Senna. Largando da 5 posição correndo na chuva e com as duas Williams em primeiro e segundo lugar e logo no começo da corrida, Ayrton Senna na 1 volta passa todo mundo, e com um carro inferior da um show na pista que os críticos de prova comentaram que um dos principáis argumentos era que Donington Park não haveria nenhum ponto de ultrapassagem.E Ayrton Senna mostrou que não havia 1 ponto de ultrapassagem mas pelo menos 4 pontos de ultrapassagens.
E aí em baixo o vídeo da corrida que vai entrar para a "hitória do automobilísmo".
A pista de Donington Park que seria localizada na Europa era  uma pista que apesar de não haver nenhum ponto de ultrapassagem, correr nela quando estivesse chovendo parecia impossível por causa dos perigos que ela trazia para os pilotos.

Ayrton Senna-Os 50 anos do herói do Brasil

Em 1985 o Brasil precisava de heróis. Havia 15 anos que a seleção não ganhava uma copa do mundo, estávamos saindo de 29 anos de ditadura militar e logo no início do ano eu chorei pela 1ª vez na frente de uma televisão.  Chorei como se tivesse perdido o meu próprio avô. Havíamos perdido o pivô de todo o processo de retorno a democracia no país. Morria, Tancredo Neves. Foi uma época em que o Brasil, saindo de 29 anos de ditadura militar, ficou órfão mais uma vez . Na política, Tancredo, nos esportes, já havia uma década e meia que o Brasil havia ganho uma copa, e eu era dessa geração que nasceu sem heróis de infância. Precisávamos de alguém. O país precisava de alguém. Foi então que todos os olhos começaram a se voltar para um jovem piloto que havia estreado na Fórmula 1 no ano anterior. Apesar de Nelson Piquet ter ganho os campeonatos mundiais de ’81 e ’83, seu jeito recluso e uma quase-fama de “bad boy” não faziam dele o candidato ideal a ser o próximo herói nacional.
Senna, ao contrário, era o tipo de pessoa a quem um pai entregaria sua própria filha sem pensar 2 vezes. Bom garoto, batalhador, empresário de sucesso e filantropo. Em 1984 vindo da Fórmula 3 britânica, o garoto que começou a correr de kart com apenas 4 anos de idade e aos 17 já era campeão sul-americano da categoria, fazia sua sua estreia na categoria maior do automobilismo mundial na Toleman, que mais tarde se transformaria na Benetton. Ayrton, no entanto, só venceria o seu 1º Grand Prix, correndo pela inglêsa Lotus, em Portugal no ano seguinte. O 1º de muitos outros que viriam mas, naquele ano, ele só voltaria a ouvir o hino nacional por sua causa, vários meses depois no GP da Bélgica. No ano seguinte seriam novamente 2 vitórias, ainda pela Lotus. Mesmo assim, o talento do jovem piloto já era reconhecido por todos. Sua sorte só mudaria em 1988 com sua contratação pela McLaren, na época a melhor equipe da F1. Neste ano foram 8 vitórias e o 1º campeonato mundial. Ele voltaria a ganhar outras 3 vezes em 1990 e em 1991.
O piloto Ayrton Senna todo mundo conhecia, mas fora das pistas ele também brilhava. Empresário correto, patriota  – “O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho.” – e sempre preocupado com as condições de vida da população brasileira e especialmente das crianças. Foi pensando nelas que poucos meses antes do trágico acidente que lhe tiraria a vida, anunciou sua intenção de fazer algo de concreto para melhorar sua situação. Seu sonho foi cortado pelo muro no circuito de Imola, na Itália onde viria a falecer em um acidente trágico provocado por uma falha mecânica, a coluna de direção se quebrou e o piloto perdeu o controle do carro batendo a mais de 200km/h no muro de proteção.
Depois do acidente, a família de Ayrton Senna resolveu levar a cabo seu sonho de ajudar as crianças e oInstituto Ayrton Senna foi criado. O IAS sobrevive com o que é arrecadado com os direitos de uso da marca Senna, que sempre é ligada a novas tecnologias. Com a ajuda de mais de 51 mil voluntários no país inteiro o Instituto já investiu mudou a vida de quase 1 milhão de crianças e adolescentes em 463 municípios de 25 Estados brasileiros