sábado, 30 de abril de 2011

UM VERDADEIRO HERÓI MODERNO

AYRTON SENNA:

Ayrton Senna
Ayrton Senna
Ayrton Senna da Silva nasceu em 21 de março de 1960, em São Paulo, Brasil, e é considerado um dos melhores pilotos de todos os tempos. Senna viveu uma vida inteira dedicada às competições automobilísticas. Conquistou suporte de pessoas importantes do esporte a motor e foi um dos pilotos mais respeitados pelos especialistas no esporte. Conduzia com facilidade para ser o melhor em todas as partes. O charme e sorriso jovial fizeram com que Ayrton se tornasse um verdadeiro herói moderno...
A paixão de Senna por automobilismo começou ainda na infância, quando ganhou um kart construído por seu pai, Milton, um rico empresário. Então os problemas do garoto desapareceram e assim começou no mundo do esporte a motor. Com suporte do pai, Ayrton estreou oficialmente nas pistas em 1973, durante prova do campeonato brasileiro de kart e não teve dificuldades para exibir suas habilidades ao volante: venceu com sobras a etapa realizada em Interlagos, no dia 1° de julho.
Em 1980, após faturar o campeonato sul-americano de kart e ficar com o vice no mundial da modalidade, Senna trocou o Brasil pela Europa, onde as principais categorias de Fórmula tinham reservado um lugar para ele. Ayrton fechou contrato com a equipe Van Diemen para disputar a temporada de 1981 do campeonato inglês de Fórmula Ford 1.600, agradecendo ao pai pelo apoio nos tempos de kart. Sagrou-se campeão por antecipação. Então, no ano seguinte, o brasileiro venceu os campeonatos europeu e inglês da Fórmula Ford 2.000. E o próximo passo foi a Fórmula-3 inglesa. Guiando um Ralt-Toyota, o tricampeão teve excitantes duelos com o inglês Martin Brundle em diversas corridas da temporada e chegou a mais um título na Inglaterra. Após ganhar o popular Grande Prêmio de Macau de F-3, Ayrton participou de uma sessão de testes em Donington Park com um Williams FW 08C, no circuito de Donington Park, a convite de Frank Williams. Depois também testou por Brabham e McLaren, equipes de primeira linha como a Williams. No entanto, o brasileiro fechou contrato com a modesta Toleman para disputa da temporada de 1984 de Fórmula-1.
E foi justamente no Brasil onde Ayrton estreou na categoria, mais precisamente no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. E não foi um bom começo: largando apenas em 16° lugar abandonou a corrida na oitava volta, com problemas no turbocompressor. Àquela altura, o futuro tricampeão de Fórmula-1 era 13° colocado. No entanto, não desistiu. Duas semanas mais tarde, em Kyalami, teve desempenho semelhante ao exibido na classificação para o GP de Jacarepaguá, mas levou o Toleman TG 183B Hart ao sexto lugar na corrida e obteve o primeiro ponto na categoria. Em julho, Senna foi o destaque do chuvoso Grande Prêmio de Mônaco, quando chegou atrás apenas de Alain Prost (McLaren-TAG Porsche). Essa corrida é considerada polêmica por causa da suspensão da corrida na 32ª volta - de um total de 78 voltas. Nono colocado ao fim da temporada, com 13 pontos, Ayrton se transferiu para a Lotus para ser companheiro de equipe do italiano Elio de Angelis.
Logo no segundo GP pela equipe inglesa, Senna faturou a primeira vitória na Fórmula-1, em chuvosa etapa no circuito de Estoril, Portugal - com mais de um minuto de vantagem para o segundo colocado, o italiano Michele Alboreto (Ferrari). O brasileiro voltou a vencer em Spa-Francorchamps, na Bélgica, fechando a temporada com duas vitórias, sete pole positions e o quarto lugar no mundial de pilotos, com 38 pontos.
No ano seguinte, o paulistano já era considerado um dos quatro principais pilotos do certame, ao lado de Alain Prost (McLaren-TAG Porsche), Nelson Piquet (Williams-Honda) e Nigel Mansell (Williams-Honda). A emocionante vitória na etapa da Espanha, recebendo a quadriculada apenas 0s14 à frente de Mansell, provaria que a inclusão de Ayrton no rol dos maiores nomes da época não era à toa.
Em 1987, a Lotus passou a receber motores da Honda - nas duas temporadas anteriores, o propulsor era fornecido pela Renault. Nesse ano, o brasileiro alcançou a primeira de suas seis vitórias em Mônaco; saudou os mecânicos euforicamente e no pódio jogou champanhe para a família real do principado encravado entre Nice e Menton. Ao fim do campeonato, Ron Dennis anunciou Ayrton Senna como piloto da McLaren para 1988, ao lado de Prost.
Nessa temporada, a parceria entre McLaren e Honda rendeu números espetaculares à equipe de Woking: foram 15 vitórias em 16 etapas. Foi o ano do primeiro título de Ayrton Senna. Embora tenha somado menos pontos que o rival francês (95 a 104), o brasileiro ficou com o primeiro lugar pois, como o regulamento que previa o descarte dos cinco piores resultados no ano, o francês perdeu três segundos lugares, caindo para 88 - contra 91 de Ayrton, que descartou apenas um terceiro lugar. No entanto, o campeonato de 1988 não foi apenas o melhor da história da McLaren. Marcou o início de uma das mais excitantes e atrativas disputas da Fórmula-1.
Prova disso foi a eventual quebra de acordo entre Senna e Prost para que não houvesse ultrapassagens entre ambos no Grande Prêmio de San Marino. Então foi o início de tal rivalidade. O estágio seguinte seria a corrida em Suzuka, onde a controvérsia alcançou alto nível. O francês liderava a corrida, seguido pelo brasileiro. No hairpin que antecede a reta principal, Ayrton buscou a ultrapassagem sobre Alain, mas ambos colidiram e o francês abandonou. Senna seguiu na corrida e venceu, mas foi desclassificado. O título da temporada ficou com Prost. "Não posso explicar outra coisa além do que se viu: a manipulação do campeonato de 1989", disse Ayrton. O presidente da FISA, Jean-Marie Balestre, impôs uma punição ao brasileiro pelas declarações após a corrida e retirou temporariamente a superlicença do piloto.
Ayrton iniciou a temporada de 1990 pagando uma multa milionária para a FISA e pedindo desculpas à cúpula da entidade. Naquele ano, Prost passou para a Ferrari, pois alegava que a McLaren ficou ao lado de Senna após o acidente na etapa japonesa. E o campeonato foi definido novamente entre eles e, após mais um acidente entre ambos em Suzuka, Senna garantiu o segundo título na Fórmula-1.
O ano seguinte marcou o tricampeonato de Ayrton. Nigel Mansell, da Williams, falhou pela terceira vez na busca pelo título mundial. O brasileiro começou a temporada com vitórias nas etapas dos Estados Unidos, Brasil, San Marino e Mônaco, enquanto o inglês só se "encontrou" no campeonato durante a metade daquela temporada. O abandono de Mansell, após uma saída de pista em Suzuka, abriu caminho para o terceiro campeonato de Senna na Fórmula-1. Na chuvosa etapa de Interlagos, o paulistano dedicou a vitória á torcida brasileira - após sete tentativas frustradas de vencer em seu país. Além disso, entrou para a galeria dos tricampeões, ao lado de Brabham, Stewart, Lauda, Piquet, Prost...
Para 1992, as coisas mudaram. Favorecido pelo fantástico trabalho do time de Frank Williams, Mansell ganhou seu único campeonato, contabilizando nove vitórias em 16 etapas. Ayrton sofreu com um McLaren-Honda pouco competitivo em relação aos anos anteriores, mas faturou três merecidas vitórias: Mônaco, Hungria e Itália. O triunfo em Monte Carlo ocorreu graças a problemas em um dos pneus do Williams-Renault do líder da prova, o inglês Nigel Mansell, quando faltavam dez voltas para a bandeirada...
Sem motores Honda e repleta de problemas internos, a McLaren teve de usar propulsores Ford durante a temporada de 1993. Após um ano de "descanso", Prost retornou às pistas, agora pela Williams. Apesar de algumas previsões, Senna foi um rival honesto ao francês e reeditaram o velho duelo. Apesar disso, o campeonato ficou com o francês, que venceu sete corridas, contra cinco triunfos do brasileiro. As vitórias mais notáveis de Senna aconteceram em Donington Park (GP da Europa), por causa de sua condução excelente, e em Interlagos, onde foi saudado euforicamente por Juan Manuel Fangio no pódio - o pentacampeão argentino apontava Ayrton como seu sucessor. O brasileiro disse adeus à McLaren com mais um primeiro lugar, o 41° e último da carreira, em Adelaide, na Austrália. E Senna conquistou seu objetivo: um lugar na Williams para a temporada de 1994, tendo o inglês Damon Hill como companheiro de equipe.
"O melhor piloto com o melhor carro não pode ter outro resultado que não seja o campeonato mesmo", era dito. Aliás, o ano começou com dificuldades a Ayrton que, apesar de das poles nos GPs do Brasil e do Pacífico abandonou em ambas corridas, vencidas pelo principal adversário daquele ano, o alemão Michael Schumacher, da Benetton. O episódio seguinte, episódio final, seria aquele de San Marino. As coisas estavam complicadas por causa do acidente espetacular de Rubens Barrichello durante a sessão de treinos da sexta-feira e da morte de Roland Ratzenberger, no sábado. Visivelmente preocupado, o tricampeão teve uma premonição mas regressou às pistas para competir. Partiu da pole e estava na liderança da corrida. Mas na sétima volta, na Tamburello, Senna disse adeus.
Inúmeras coisas foram ditas desde 1° de maio de 1994. O Brasil chorou por seu ídolo. E até mesmo o rival francês Prost ficou muito triste.
Ayrton Senna conquistou 41 vitórias, 65 pole positions e 19 melhores voltas de corrida durante sua passagem pela Fórmula-1. Mas simples estatísticas não constroem um ídolo. O relacionamento entre ele e as pessoas ia além de um simples Grande Prêmio. O brasileiro tinha talento ilimitado dentro das pistas. Fora do carro, o tricampeão de Fórmula-1 era gentil com o povo.
Uma pesquisa feita no Brasil, em 2000, revelou que Senna é considerado o maior herói brasileiro de todos os tempos. Mais uma prova para afirmar que Ayrton é um verdadeiro herói moderno.

Primeiro título de Ayrton Senna completa 20 anos nesta quinta-feira


Suzuka, Japão: 30 de outubro de 1988. Há 20 anos, o mundo do automobilismo conhecia um novo campeão mundial de Fórmula 1. O brasileiro Ayrton Senna, então com 28 anos, tornava-se o terceiro piloto do país a conquistar um título na categoria. O triunfo veio após um duelo histórico com Alain Prost, seu companheiro de equipe na McLaren. Era a confirmação do talento de um gênio da velocidade.
 
A temporada de 1988 foi muito equilibrada, mas apenas entre os pilotos da McLaren. O MP4/4 seria eleito como um dos melhores carros da história da categoria e perdeu apenas uma corrida das 16 daquela temporada. Ayrton Senna venceu oito corridas naquele ano, enquanto Prost levou sete troféus para casa.

O único GP que terminou sem vitória da McLaren ficou com Gerhard Berger, na Itália. Na ocasião, Prost sofreu uma quebra e Senna errou ao tentar ultrapassar o retardatário Jean-Louis Schlesser, que substituía Nigel Mansell na Williams, que estava com caxumba.

Confira a história do campeonato corrida a corrida
Depois de alguns anos de amadurecimento na Lotus, Ayrton Senna estreava no GP do Brasil pela McLaren na temporada de 1988. Durante os testes de inverno, a equipe inglesa, chefiada por Ron Dennis, não tinha chamado a atenção do mundo da Fórmula 1. Mas logo nos primeiros treinos em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o MP4/4 mostrava que seria um carro quase impossível de ser batido durante o ano.

Divulgação/Divulgação

Ayrton Senna comemora a conquista de seu primeiro título no pódio do GP do Japão de 1988, em Suzuka

Ayrton Senna conquistou a pole position em seu GP de estréia pela McLaren. Mas na hora da largada, teve problemas com seu carro e acabou interrompendo a corrida, que teria uma segunda largada. Antes dela, Senna trocou para o carro reserva, algo ilegal na categoria. Resultado: depois de largar dos boxes, o brasileiro reagiu, mas foi desclassificado quando estava na sexta posição. Alain Prost, seu companheiro de equipe, chegou em primeiro.

Após a frustração, Senna venceu o GP de San Marino com facilidade, com Prost em segundo. Na corrida seguinte, em Mônaco, o brasileiro também estava bem na frente, com quase um minuto de vantagem, quando cometeu um erro infantil e bateu na entrada do túnel. De tão irritado, Senna recolheu-se ao seu apartamento, a apenas duas quadras do local. Mais uma vitória de Prost.

Senna perdeu também a corrida seguinte, no México, mas começou a reagir no campeonato no GP do Canadá. O brasileiro lutou durante toda a corrida com Prost, mas conseguiu a ultrapassagem. O placar agora estava Prost 3 x 2 Senna em vitórias na temporada. Mas o brasileiro queria mais e conseguiu outro triunfo nas estreitas ruas de Detroit, no GP dos EUA.

A corrida seguinte seria na casa de Alain Prost. E o "professor" não perdoou, vencendo o GP da França depois de um belo drible em Ayrton Senna, que estava enrolado com alguns retardatários. Na corrida seguinte, com pista molhada, na Inglaterra, o brasileiro mostrou porque era o "Rei da Chuva". Senna deu show em um circuito conhecido como "Silvastone" em sua época de Fórmula 3 Inglesa. A condição do tempo se repetiu uma semana depois em Hockenheim, na Alemanha, e Senna venceu outra. Pela primeira vez o brasileiro estava à frente no placar de vitórias: 5 x 4.

Na Hungria, Senna começou a corrida brigando contra Nigel Mansell, mas acabou protagonizando um dos maiores duelos da história da categoria com Prost. O francês tentou a ultrapassagem na primeira curva, mas tomou o "xis" do brasileiro, que rumou para mais uma vitória. Na Bélgica, Senna conseguiu seu quarto triunfo consecutivo e começava a minar as chances de Prost no campeonato. Em vitórias: Senna 7 x 4 Prost.

Senna chegou ao GP da Itália como favorito. Prost teve problemas durante a prova, mas o brasileiro liderava com folga. Até que, em uma manobra afobada, tentou ultrapassar um retardatário na chicane após a largada e saiu da corrida. O outro piloto era Jean-Louis Schlesser, que substituía Mansell na Williams porque o inglês estava com caxumba. Dobradinha da Ferrari, com Berger em primeiro e Alboreto em segundo.

Ampliar FotoDivulgação  /Divulgação

Ayrton Senna disputou o título com Alain Prost

Nos dois GPs seguintes, em Portugal e na Espanha, Senna passou por um inferno astral. Além de Prost vencer ambos, o brasileiro chegou em sexto no circuito português e abandonou a prova diante da torcida espanhola. O francês reduziu a vantagem no campeonato, mas Senna só dependia de uma vitória em Suzuka, na corrida seguinte.

O GP do Japão começou de forma dramática para Senna. O carro do brasileiro apagou na largada, que por sorte acontecia em uma descida. O brasileiro conseguiu fazê-lo pegar no tranco, mas caiu para o fim do grid e numa recuperação espetacular se aproximou do líder Prost na 20ª volta. E, na 28ª passagem, o brasileiro superou o francês e sacramentou a conquista de seu primeiro título da Fórmula 1. Prost ainda venceria a última prova da temporada, na Austrália, mas ela já não valia mais nada.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A incrível primeira vitória de Ayrton Senna na F1:

Em 1985, Ayrton Senna realizava a sua segunda temporada de Fórmula 1 e competia pela lendária equipe Lotus, que na época contava com os motores Renault para impulsionar os seus carros. Esta combinação foi fundamental para que Ayrton obtivesse a primeira das 41 vitórias de sua fantástica carreira.

O Grande Prêmio de Portugal de 1985 será sempre lembrado como um dos momentos mais brilhantes da carreira do brasileiro Ayrton Senna. Naquela corrida, sob condições de tempo dramáticas, Ayrton conduziu seu Lotus de motor Renault a uma vitória histórica. Seria também a primeira conquista de um GP da carreira de Senna, que viria a somar 41 primeiros lugares – quatro deles obtidos com motores Renault. Naquele dia em Portugal, com apoio da fábrica francesa, o brasileiro confirmava sua condição de futura grande estrela da constelação da Fórmula 1.

A vitória foi especial para Senna e para a Renault, assim como para a equipe Lotus, não apenas pelo fato esportivo em si. Mas especialmente pelas condições de dificuldade extrema com que foi obtida. A chuva foi muito forte e variou de intensidade, modificando de forma constante as condições do asfalto. Isso dificultou o estabelecimento de qualquer estratégia de corrida, além de complicar a percepção do nível de aderência da pista à frente. 

Mas não fosse um problema em um pneu, o resultado seria ainda mais positivo para a Lotus/Renault: o italiano Elio de Angelis, parceiro de Ayrton na equipe, ocupou a vice-liderança da prova até que o problema lhe tirou as chances de lutar pelo segundo degrau do pódio. Este fato sublinha a boa condição da combinação Lotus/Renault nas condições adversas daquela corrida. Mas foi Ayrton quem soube extrair o máximo deste potencial.

Senna dominou os treinos e cravou a pole position. Este fato, porém, não fazia prever uma prova tranqüila – como ficou provado mais tarde. Ayrton largou bem e manteve a dianteira. O Lotus/Renault respondia positivamente tanto nas retas quando nas curvas. Mas o brasileiro confessou que, devido à quantidade de água que caía insistentemente, ele limitou-se a acelerar somente quando o carro já estava em linha reta (depois da saída da curva) e totalmente equilibrado.

Além disso, para evitar patinagem, ele engatava uma marcha imediatamente inferior à que seria usada em condições normais, caracterizando uma pilotagem muito mais cuidadosa do que se poderia esperar. “O principal problema desta corrida foi a constante mudança das condições da pista, por causa das variações da quantidade de chuva”, comentou o próprio Senna, após a prova. “As condições de pilotagem eram muito piores que as de Mônaco. Esta corrida deveria ter sido interrompida”, completou o brasileiro, referindo-se ao GP de Mônaco de 1984, também sob forte chuva, que foi interrompido quando Ayrton se preparava para ultrapassar o McLaren de Alain Prost e, assim, tomar a liderança. Ao volante de um Toleman, naquela ocasião Senna já revelava à F1 seu enorme controle sobre o carro em piso molhado. Mas seria apenas um ano depois, em Portugal e com o Lotus/Renault, que este potencial se transformaria na primeira vitória.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Donington park-1993

A melhor volta da história da Fórmula 1 ocorreu em Donington Park no ano de 1993 pelo nosso herói Ayrton Senna. Largando da 5 posição correndo na chuva e com as duas Williams em primeiro e segundo lugar e logo no começo da corrida, Ayrton Senna na 1 volta passa todo mundo, e com um carro inferior da um show na pista que os críticos de prova comentaram que um dos principáis argumentos era que Donington Park não haveria nenhum ponto de ultrapassagem.E Ayrton Senna mostrou que não havia 1 ponto de ultrapassagem mas pelo menos 4 pontos de ultrapassagens.
E aí em baixo o vídeo da corrida que vai entrar para a "hitória do automobilísmo".
A pista de Donington Park que seria localizada na Europa era  uma pista que apesar de não haver nenhum ponto de ultrapassagem, correr nela quando estivesse chovendo parecia impossível por causa dos perigos que ela trazia para os pilotos.

Ayrton Senna-Os 50 anos do herói do Brasil

Em 1985 o Brasil precisava de heróis. Havia 15 anos que a seleção não ganhava uma copa do mundo, estávamos saindo de 29 anos de ditadura militar e logo no início do ano eu chorei pela 1ª vez na frente de uma televisão.  Chorei como se tivesse perdido o meu próprio avô. Havíamos perdido o pivô de todo o processo de retorno a democracia no país. Morria, Tancredo Neves. Foi uma época em que o Brasil, saindo de 29 anos de ditadura militar, ficou órfão mais uma vez . Na política, Tancredo, nos esportes, já havia uma década e meia que o Brasil havia ganho uma copa, e eu era dessa geração que nasceu sem heróis de infância. Precisávamos de alguém. O país precisava de alguém. Foi então que todos os olhos começaram a se voltar para um jovem piloto que havia estreado na Fórmula 1 no ano anterior. Apesar de Nelson Piquet ter ganho os campeonatos mundiais de ’81 e ’83, seu jeito recluso e uma quase-fama de “bad boy” não faziam dele o candidato ideal a ser o próximo herói nacional.
Senna, ao contrário, era o tipo de pessoa a quem um pai entregaria sua própria filha sem pensar 2 vezes. Bom garoto, batalhador, empresário de sucesso e filantropo. Em 1984 vindo da Fórmula 3 britânica, o garoto que começou a correr de kart com apenas 4 anos de idade e aos 17 já era campeão sul-americano da categoria, fazia sua sua estreia na categoria maior do automobilismo mundial na Toleman, que mais tarde se transformaria na Benetton. Ayrton, no entanto, só venceria o seu 1º Grand Prix, correndo pela inglêsa Lotus, em Portugal no ano seguinte. O 1º de muitos outros que viriam mas, naquele ano, ele só voltaria a ouvir o hino nacional por sua causa, vários meses depois no GP da Bélgica. No ano seguinte seriam novamente 2 vitórias, ainda pela Lotus. Mesmo assim, o talento do jovem piloto já era reconhecido por todos. Sua sorte só mudaria em 1988 com sua contratação pela McLaren, na época a melhor equipe da F1. Neste ano foram 8 vitórias e o 1º campeonato mundial. Ele voltaria a ganhar outras 3 vezes em 1990 e em 1991.
O piloto Ayrton Senna todo mundo conhecia, mas fora das pistas ele também brilhava. Empresário correto, patriota  – “O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho.” – e sempre preocupado com as condições de vida da população brasileira e especialmente das crianças. Foi pensando nelas que poucos meses antes do trágico acidente que lhe tiraria a vida, anunciou sua intenção de fazer algo de concreto para melhorar sua situação. Seu sonho foi cortado pelo muro no circuito de Imola, na Itália onde viria a falecer em um acidente trágico provocado por uma falha mecânica, a coluna de direção se quebrou e o piloto perdeu o controle do carro batendo a mais de 200km/h no muro de proteção.
Depois do acidente, a família de Ayrton Senna resolveu levar a cabo seu sonho de ajudar as crianças e oInstituto Ayrton Senna foi criado. O IAS sobrevive com o que é arrecadado com os direitos de uso da marca Senna, que sempre é ligada a novas tecnologias. Com a ajuda de mais de 51 mil voluntários no país inteiro o Instituto já investiu mudou a vida de quase 1 milhão de crianças e adolescentes em 463 municípios de 25 Estados brasileiros